Se já passou pela sua cabeça resgatar a Reserva de Poupança é melhor pensar bem antes de fazer isso
Se já passou pela sua cabeça resgatar a Reserva de Poupança é melhor pensar bem antes de fazer isso. Nós vamos alertá-lo sobre as perdas decorrentes do saque da sua reserva acumulada para fins previdenciários.
A primeira perda atinge diretamente o bolso, pois, ao sacar sua Reserva de Poupança, são deduzidos o Imposto de Renda e eventuais débitos de empréstimos existentes com a BASES.
A segunda perda acontece quando o participante, ao resgatar a reserva, abdica da possibilidade de ter um benefício de aposentadoria vitalício, que, dependendo da sua opção de Plano, pode passar para o (a) pensionista – cônjuge, companheiro (a) ou outro dependente na forma da lei.
Por exemplo:
- No Plano Misto
A depender do valor da reserva, o participante pode optar por:
- Resgatar até 25% da reserva e converter o restante em benefício vitalício;
- Separar 25% da reserva para pensão e receber um benefício mensal vitalício;
- Definir um período para receber o seu benefício, que poder ser entre 5 anos e 35 anos.
No Plano Misto, no caso de aposentadoria por Invalidez, concedida previamente pelo INSS, além do benefício mensal, o participante resgata sua reserva em forma de Pecúlio Especial por Invalidez.
- No Plano Básico
A concessão do benefício no Plano Básico é atrelada à concessão do INSS. Todos os Benefícios são vitalícios e podem ser convertidos em pensão, que funciona da seguinte forma:
- 50% do benefício do participante falecido mais 10% por cada dependente reconhecido pela Previdência Social.
Tanto no Plano Básico quanto no Plano Misto, caso o participante não tenha ainda 55 anos, idade mínima necessária para requerer um benefício na BASES, ele pode se tornar autopatrocinado ou optar pelo Benefício Proporcional Diferido e manter seu vínculo com a Fundação para, no futuro, ter direito a um benefício.
Vale destacar, ainda, que a suplementação concedida pela BASES é um reforço significativo na manutenção da qualidade de vida no período de aposentadoria do participante. Afinal, como todos sabem, contribuir para a Previdência Social não garante uma velhice tranquila. O benefício pago pelo INSS normalmente é insuficiente para manter a qualidade de vida da grande maioria dos cidadãos brasileiros.
As pessoas que possuem um plano de previdência complementar, como o da BASES, são, portanto, privilegiadas, pois o seu benefício na Fundação, somado à aposentadoria oficial, contribuirá para manter o padrão de vida quando você se aposentar.
Trata-se de um suporte financeiro que envolve toda a família, por isso, qualquer decisão definitiva merece ser cuidadosamente analisada. Não são raros os casos de participantes que resgataram suas reservas e hoje estão arrependidos.
Outro fator que merece ser levado em consideração é o destino da renda quando sacada. No caso de aplicação do valor em uma caderneta de poupança ou em outro investimento do mercado financeiro, com as retiradas desses rendimentos, o valor principal tende a ser cada vez menor, enquanto a suplementação paga pela BASES é corrigida anualmente, atualizando-se o valor do benefício por índice oficial.
Outra perda que destacamos, acontece quando o participante encerra seu vínculo com a BASES e, automaticamente, interrompe sua relação com uma Entidade que há mais de 30 anos zela pelos seus participantes. Renunciando, assim, a essa parceria e à segurança previdenciária da Fundação.
Apesar das vantagens citadas, ressaltamos que A DECISÃO FINAL CABE EXCLUSIVAMENTE AO PARTICIPANTE, ASSIM COMO A RESPONSABILIDADE.
Será que vale a pena resgatar a reserva? Para responder essa pergunta, o participante deve procurar conhecer as características do seu plano de previdência para fundamentar suas decisões presentes que poderão fazer toda a diferença na sua segurança financeira e de sua família no futuro.